2009-03-30

Contact lens display: que tal uma tela nas suas lentes de contatos?

Essa é velha mas eu não sabia.

Engenheiros da Universidade de Washington criaram uma lente de contato que pode vir a se tornar uma tela funcional. A idéia é sobrepor informações à sua visão normal, permitir zoom, telêmetro ótico, mapa, visor virtual para pilotos, projeções para games, visão telescópica para soldados, interpretação infravermelha, etc. Os aplicativos virão aos milhares quando a interface estiver pronta e quando houver uma interface de entrada funcional, afinal do que adianta ter uma tela no olho se tivermos que digitar ou falar em voz alta?

A lente é feita de duas placas de circuito impresso de 100µm em um substrato transparente de PET (politereftalato de etileno).

O protótipo funcional consome a energia captada por uma antena a partir de ondas de rádio. O próximo passo é criar uma versão que possa exibir vários pixels e testá-la em um humano.
Alguém se habilita?
O coelho abaixo parece ter ficado com os olhos um pouquinho vermelhos...

De olhos vermelhos, de pelo branquinho...

Conficker infecta rede do Parlamento Britânico

Quando a bolsa de valores de Londres tornou-se online em 2007, seus desenvolvedores anunciaram o fato com pompa e alarde, já que melhorariam a velocidade e capacidade do sistema original. Após 4 anos de investimento e desenvolvimento, a Accenture desenvolveu uma plataforma chamada TradElect em parceria com a Microsoft em .NET com o Windows SQL Server "por baixo" no Server 2003.

Infelizmente no dia 8 de setembro de 2008 o sistema ficou paralisado durante 7 horas em um dia crítico para o mercado. A grande ironia é que os investidores ingleses conseguiam comprar e vender ações da bolsa de Nova York que, também em 2007, migrou sua plataforma do AIX (UNIX sabor IBM) para o Linux.

O engraçado é ler a propaganda:
World-beating performance

TradElect is the Exchange’s trading system. It brings unprecedented levels of performance, enhanced functionality and new services to our markets whilst maintaining our exemplary record for reliability.

It allows our customers to trade on one of the fastest, most reliable and technologically advanced equity markets in the world.

Muitos argumentaram que o problema não foi da plataforma Microsoft, mas sim do aplicativo da Accenture. Seja como for, o fato é que o Parlamento britânico acaba de ser infectado pela última praga digital, o worm Conficker/Downadup, que está circulando desde Outubro de 2008 e cuja ativação está programada para o dia 1° de Abril. Afora os problemas internos de segurança do Parlamento, que não me interess vêm ao caso no momento, o fato é que o Conficker já infectou 8 milhões de máquina e, segundo Kelly Jackson Higgins do site DarkReading, deve ainda estar presente em 2 milhões de PCs.

O Conficker tornou-se famoso o suficiente para a Microsoft criar a Conficker Cabal, uma coalisão de empresas de segurança e organizações dedicada a acabar com a praga (confira a matéria do NY Times). A MS chegou a oferecer um prêmio de US$ 250.000 para quem fornecesse informações que levassem à captura dos responsáveis pela criação do worm. O patch está disponível no site da Microsoft, então por quê se preocupar? Porque nem todos o instalaram, nem todos têm anti-virus, nem todos têm senhas decentes e há até os casos dos usuários que não têm senha alguma (mesmo na NASA e no Pentágono, vide o caso Gary McKinnon); porque os dois milhões restantes de máquinas infectadas ainda podem fazer um estrago razoável - diz Runald da F-Secure.

Se se confirmar que o Conficker é um botnet, ou seja, que possa ser remotamente controlado, que possa ser um programa-autômato, um robozinho lógico que opera em conjunto formando uma rede, devemos esperar que ele se conecte a outro servidor em busca de instruções, baixe e execute o novo código. Randy Abrams, diretor de educação técnica do ESET, diz que não há ainda como sabermos o que ele fará, pode não fazer nada e o 1° de Abril se tornará apenas uma "pegadinha" ou um plano abortado. Ele pode ainda lançar um ataque coordenado a um servidor, um DDoS e até mesmo um spam maciço. Não temos como saber - diz Abrams.

O ponto interessante deste worm é que a infecção não requer ação alguma dos usuários, seus criadores têm elaborado novas versões que tentam evitar sua detecção, mas apesar disso não ser difícil, a proliferação continua bastante intensa. Runald da F-secure comenta o nível profissional de seu código, "apesar de nossos esforços em matá-lo, ele continua vivo mesmo depois de 4 meses. Seus criadores lançam novas versões continuadamente e usam tecnologias que mal tinham sido usadas, como encriptação MD6.



Leia a matéria no Darkreading aqui.
Análise técnica do Conficker.A e B aqui.
Análise técnica do Conficker.C aqui.

Confira 10 sistemas operacionais que ficaram no passado da computação

O pessoal da Computer World escreveu uma matéria interessante sobre 10 SOs que ficaram na história, na verdade são 9 SOs + o X Window System, ou X para os íntimos.

Porque raios misturaram lé com cré? Talvez porque o usuário comum confunda o gerenciador de janelas com o SO. Talvez. Mesmo porque o X, ou X11 - para denotar a atual versão - está vivíssimo e presente nos UNIX, Linux, BSD, Solaris, Mac OS/X...

Seu design é bastante avançado, diferente de outros protocolos de display, o X foi arquitetado para ser usado através da rede, ao invés do display espetado na saída padrão. Então a máquina onde um certo aplicativo (o cliente) será exibido pode estar em um local diferente da máquina do usuário (o servidor).

Curioso é que o pessoal do Consórcio X (da MIT) levou 4 anos para sair do X1 até chegar ao X11, de 1984 a 1987, e estamos atualmente no X11R7.5. Por falar em estabilidade ;^)

Enquanto IBM, Microsoft e Apple conduziam revoluções paralelas no mercado, Bob Scheifler e Jim Gettys, do MIT, criavam um trabalho filosófico: cortar a complexidade. Entre as pérolas de sabedoria da dupla, estavam:

- Não incluir novas funcionalidades ao menos que alguma aplicação real as exijam;
- Se você pode conseguir 90% do resultado com 10% do trabalho, use a solução mais simples;
- Se um problema não é completamente entendido, é melhor não oferecer nenhuma solução.



Google oferece músicas grátis na China

A China possui o maior número de usuário online do mundo: 300 milhões ou quase um quarto de sua população, ou quase a população inteira dos Estados Unidos (de acordo com o CIA FactBook). A jogada da Google visa minar a dominação do Baidu.com, o site de buscas mais popular entre os internautas chineses, com mais de 60% do mercado (o dobro do Google), algo que Lee Kai-Fu, presidente da unidade chinesa da companhia, atribui justamente ao fato do primeiro oferecer músicas gratuitas.

O Google vai permitir que internautas façam os downloads devidamente licenciados a partir desta segunda-feira (30/03) na China.

A receita gerada pelos anúncios inseridos no novo serviço será repartida entre o Google e as gravadoras.




“Os internautas terão à sua disposição downloads gratuitos, de alta qualidade e licenciados por gravadoras”, ele reiterou.

O novo serviço por enquanto inclui cerca de 350 mil canções – de artistas tanto chineses como estrangeiros – mas em breve esse número vai aumentar para mais de 1 milhão de faixas, de acordo com Gary Chen, CEO da www.Top10.cn, site de músicas que vai colaborar com o Google e que foi fundado pelo jogador de basquete Yao Ming.

Músicas de artistas da Sony Music, da Warner Music, da EMI e da Universal Music poderão ser baixadas pelos usuários do Google na China. Segundo Lee, não há previsões de expandir o serviço para outros países.

“Esta é nossa primeira tentativa de monetizar o mercado online na China”, ressaltou o presidente da Warner Music para Ásia e Pacífico Sul, Lachie Rutherford, que também preside a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI).

Fontes: